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Projeto Árvores Gigantes mapeia angelim vermelho de grande porte em Mazagão

Publicado: Sexta, 19 de Novembro de 2021, 15h49 | Última atualização em Segunda, 26 de Setembro de 2022, 22h41

Foto: Anderson Bernardina

Em mais uma expedição do Projeto Árvores Gigantes da Amazônia ,  pesquisadores encontraram  um Angelim vermelho (Dinizia excelsa Duke)  de 83 metros de altura por 7,10 metros de circunferência, na região do município de Mazagão, a 34 km de Macapá, capital do Amapá. A sua altura equivale a um prédio de 27 andares. A quarta expedição foi realizada em entre os dias 05 a 08 de novembro. Participaram da equipe pesquisadores de instituições do Amapá, Minas Gerais e Reino Unido.

O Projeto Árvores Gigantes coordenado pelo professor do Ifap, Campus Laranjal do Jari, Diego Armando, realizou ao todo quatro expedições, sendo que na terceira foi encontrada a maior árvore já catalogada no estado do Amapá. Trata-se de  angelim vermelho (Dinizia excelsa Duke) de 85,44 metros altura , com uma circunferência de  9,45 metros e encontra-se no município de Porto Grande, na região do rio Cupixi.

Como são feitas medições ?

As medições de árvores de grande porte são feitas por meio do sistema “Lidar”  (da sigla inglesa Light Detection And Ranging) e Escalada. Nas medições pelo sistema “Lidar”,  que é um sistema aeroembarcado, o equipamento é colocado em uma aeronave, que sobrevoando a floresta emite laser, fazendo uma estimativa tridimensional da floresta. No projeto, foram utilizados os dados encaminhados pelo professor Eric Gorgens, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), que, ao processar informações do sistema Lidar identificou a projeção de árvores de grande porte na Amazônia.

Na escalada é utilizado uma tubulação com pressão e um estilingue, uma espécie de catapulta, onde atira-se a corda ao tronco da árvore. Após isso, com a corda presa na estrutura vegetal, os escaladores sobem até o topo , portando uma régua flexível, e assim,  fazendo as medições das árvores de grande porte.

Capacitação

A quarta expedição do Projeto Árvores Gigantes da Amazônia realizou cursos  de qualificação de moradores da comunidade São Francisco do Iratapuru, localizada na região do vale do Jari, com o objetivo de que os habitantes possam auxiliar os pesquisadores em novas expedições.

Moradores da comunidade de São Francisco do Iratapuru recebem qualificação

Na oportunidade, foram ministrados os cursos Técnicas de Gestão Ambiental, Técnicas de Inventário e bússola. Ainda no evento, foi entregue a comunidade um Gps-Garmin 64 x de alta precisão. “  A ideia de doar uma bússola a comunidade, se dá em virtude dos próprios moradores poderem fazer o monitoramento de árvores de grande porte , além de mapear possíveis castanhais produtivos que podem ser utilizados com fonte de sustento da comunidade”, explica o coordenador do Projeto Árvores Gigantes, Diego Armando Silva.

A capacitação faz parte das ações  do Projeto e foi financiada pelo Fundo Iratapuru e pelo I Simpósio Internacional Interdisciplinar em Gestão Ambiental e Engenharia Florestal do Sul do Amapá (SIINGEF), que ocorre entre os dias  24 a 27 de novembro deste ano.

Parcerias

A promotoria de Meio - Ambiente do Ministério Público do Amapá (MP/AP) é a mais nova parceira do Projeto Árvores Gigantes da Amazônia. A promotoria se reuniu com pesquisadores e acordaram pontos de apoio para o projeto. Dentre os compromissos acertados estão a criação de legislações específicas de proteção a santuários de árvores de grande porte, além  de exposição fotográfica com as imagens captadas durante a expedição e apoio logístico para realização do projeto de pesquisa.

Participaram da reunião o coordenador do Projeto Árvores Gigantes da Amazônia e professor do Ifap, Campus Laranjal do Jari, Diego Armando; Eric Gorgens, professor da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) e coordenador das expedições; Jacqueline Rosette, da Universidade de Swansea, do Reino Unido; Robson Borges, da Universidade Estadual do Amapá (UEAP); e João Matos, engenheiro florestal e assessor operacional da Promotoria Ambiental. Ler mais

 Base Ecológica Tropical

A região do vale do jari é um reduto de árvores de grande porte, além de possuir características singulares, é também uma grande produtora de castanheiras. Com base nisso, os pesquisadores Projeto Árvores Gigantes da Amazônia buscam criar uma Base Ecológica Tropical, na comunidade de São Francisco do Iratapuru.

O objetivo da base seria atrair e proporcionar apoio logístico para trabalhos de ecologia tropical de ponta, tendo a comunidade como pilar central na estruturação das atividades. “ A criação desse centro de pesquisa tem como objetivo subsidiar futuras pesquisas científicas com árvores de grande porte e com a floresta, além de receber pesquisadores do Brasil e do mundo, promovendo uma interação entre a ciência e a comunidade. É uma forma de dar retorno, pois com a base será necessária mão de obra e os moradores serão, em parte, contratados, gerando renda a comunidade”, finaliza Diego Armando.

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Por Tiago Ferreira, jornalista do Campus Laranjal do Jari

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