Descoberto novo santuário de árvores gigantes na Amazônia
A oitava expedição do Projeto Árvores Gigantes da Amazônia revelou um novo santuário de árvores de grande porte na Floresta Estadual do Paru (Flota-Paru), na área de domínio do estado do Pará. A descoberta destaca árvores da espécie angelim vermelho, com alturas variando entre 60 e 73 metros e circunferência de 9,5 metros.
Foto: William junior
No novo santuário, os pesquisadores dos estados do Amapá e Pará realizaram estudos de inventário florestal, solo, fauna, necromassa, biomassa e carbono. Esses dados serão essenciais para subsidiar a criação de uma unidade de conservação e para preencher lacunas científicas sobre o entendimento do gigantismo desses indivíduos na região.
Veja imagens do santuário
Vídeo: William junior
Segundo o coordenador da expedição e professor do Ifap, Diego Armando, a descoberta do novo santuário reforça a relevância ecológica da região, evidenciando a necessidade de sua preservação através da criação de uma unidade de conservação denominada "Parque Estadual Ambiental das Árvores Gigantes", no município de Monte Dourado/PA. “A criação do parque não só protegerá essas árvores monumentais, mas também promoverá a pesquisa científica e a sustentabilidade na região”, explica.
Angelim vermelho, localizado no santuário/ Foto: William junior
Ainda segundo o professor do Ifap, os próximos passos serão a elaboração de um relatório para subsidiar a criação do Parque Estadual das Árvores Gigantes da Amazônia e a realização de uma consulta pública com a comunidade, prevista para ocorrer no segundo semestre de 2024, no município de Monte Dourado.
A expedição
Equipe expedicionária pelo rio Jari/ Foto: William junior
A incursão científica foi coordenada pelo Instituto Federal do Amapá (Ifap) e teve início no dia 15 de maio, partindo do município de Laranjal do Jari, no sul do Amapá, finalizando os trabalhos no dia 29 de maio. A expedição contou com a presença das seguintes instituições: Cooperativa de Turismo e Pesca Esportiva do Vale do Jari (COOPETUR), Instituto Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Laranjal do Jari (IMAPA), Instituto de Desenvolvimento Florestal e de Biodiversidade (IDEFLOR-BIO), Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e a Comunidade São Francisco do Iratapuru.
Foto: William junior
Inicialmente, a expedição planejava alcançar a maior árvore já registrada na Amazônia, um angelim vermelho de 88,5 metros. No entanto, a equipe foi impedida pela força das águas da Cachoeira do Urucupatá, no Rio Jari. Mesmo assim, a expedição prosseguiu, resultando na descoberta do novo santuário.
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